Procurou a
Companhia neutralizar o controle da E.F.V.M pela Itabira Iron Ore Company,
evitando que essa estrada, futuramente, perdesse seu caráter de interesse
público, se transformando de interesse industrial da Itabira Iron Ore.
Para isso
conseguiu, em 1912, obter do Governo de Minas a concessão para a construção de
uma estrada de ferro, partindo de suas jazidas da Alegria, município de
Mariana, a entroncar-se em
São José da Lagoa (atual Nova Era), município de Itabira, com
a E.F.V.M.
Recorre a esse
meio, para assegurar a exportação de minério, de suas jazidas da Alegria e das
de Itabira, pela E.F.V.M, por ser essa obrigada ao trafego publico.
A solução do
problema de transporte fora, cuidadosamente, estudada pela Itabira Iron Ore,
que logo reconheceu ser a única pelo vale do rio Doce, isto é, pela E.F.V.M.
Acionista da
Companhia E.F.V.M, a Itabira Iron Ore Company, Limited, conhecia não só as
condições técnicas da estrada de ferro, como a situação financeira da
Companhia; certificou-se de que a Companhia não cumpriria as obrigações
consignadas na cláusula IX, do contrato de 1916, sendo mesmo possível fosse conduzida
ao inadimplência das obrigações da
cláusula VII; inadimplência convidativo até pelas disposições da cláusula VII e
seus parágrafos.
Mas, tendo se
assegurado do monopólio de transporte, desde que a Companhia E.F.V.M executasse
o contrato de 1916, tudo devia evitar que esse monopólio não lhe escapasse.
Assim é que
procurou a chave solucionadora do problema,promovendo a reunião da assembléia
geral, de 20 de fevereiro de 1920, dos acionistas da Companhia E.F.V.M, afim de
que a sua diretoria a assembléia autorizasse acordar com a Itabira Iron Ore no
sentindo de a mesma ficar satisfeita a realização dos melhoramentos,
eletrificação de trechos da estrada e a conservação, tendo como compensação,
concedida a Itabira Iron Ore a permissão para a circulação de seus comboios,
sem pagamento de pedágio, sem preferência para os trens da E.F.V.M, a não ser
para os de passageiros e mistos. Permissão para construir ao lado da linha
férrea, desvios e obras indispensáveis a circulação de seus comboios de
minérios de ferro, compreendendo oficinas, etc., e, também, a construção de uma
linha férrea partindo de Cachoeira Escura a Itabira do Mato Dentro, e de
Colatina ao porto de Santa Cruz.
Obtida essa
autorização o presidente da Companhia E.F.V.M, dela se utiliza,assistindo e
assinado com a Itabira Iron Ore Company o contrato com o Governo Federal, de 29
de maio de 1920.